Moinho da memória

A metáfora do título evoca o processo do fazer da história. A história religiosa entrelaçada com a vida política tem algo de descoberta da energia que move pessoas e instituições, da identificação de mecanismos interligados, produtores de factos e criadores de ideias. 

Neste livro entrego aos leitores algumas horas passadas junto do moinho das fontes para lhes retirar o alimento orientador dos nossos passos. O leitor facilmente se apercebe dos contextos motivadores destes trabalhos, nascidos como serviço a quem me interpelou para refletir ou dar a conhecer personagens e factos marcantes da memória, necessitada de ser reavivada. 

O Espírito que pairava sobre as águas, na página poética do Génesis, toma carne na história com a força dinâmica das utopias com lugar situado, em mentes e corações dispostos ao voo da esperança. O texto final põe os pés no terreno do futuro próximo. De certo modo, estes estudos constituem pedras e material para mostrar o movimento da azenha e também os entraves que encontrou para conceder, a cada momento percorrido, pão que nos alimente o futuro.